O Ti Malarranha vinha subindo a rua como seu passo pequenino e balançado.
Trazia no braço o saco de compras de rede com asas acastanhadas e o chapéu de chuva preto, não fosse o tempo incerto pregar alguma surpresa.
Parou , atirou a beata ao chão (Oh Ti Malarranha isso agora dá multa) levou a mão ao boné num breve cumprimento e recomeçou a subida da rua em direção à loja da Maria para fazer o avio.
Chegado ao cruzamento com a rua do Centro Cívico parou, de novo, embasbacado, a olhar os novos sinais que ali tinham colocado.
Inclinou a cabeça para a direita e esteve assim algum tempo. Depois continuou no seu passo pequenino .
Fiquei intrigada e a fantasiar com aquele momento contemplativo que o Ti Malarranha teve perante os sinais.
Será que achou que o copito de aguardente lhe alterara a perceção do mundo ou, os sinais novos estavam mesmo tortos?
Nota: Entretanto os sinais já foram endireitados. O Ti Malarranha já não implica com eles.