Ligue-se a nós

Atualidade

AINDA HISTÓRIAS DE ABRIL, PARA SEMPRE

Publicado

em

 

Por Custódia Casanova

Estamos em Março, mês de Primavera, mês de festejar o renovo da natureza, mês em que, desde há muito, celebro o encontro com o meu amor primeiro, mês em que nasceste, meu querido filho, e é também, neste 2020, mês para te trazermos para casa, mãe. Um vírus que não conhecemos fez-nos sentir que essa era a melhor decisão. E assim, neste isolamento em que nos colocámos, há tempo para pensar, recordar, para estar, como há muito não estávamos.

Na grande maioria das vezes, não entendo as tuas frases, mãe. Esta terrível doença leva-te a dizer palavras que não existem em nenhum dicionário. Como é possível dizeres tantas frases e quase nenhuma delas ter ligação com o que vivemos?!

São poucas as que nos levam a pensar que recordas ainda coisas vividas há muito e, por qualquer razão, a tua memória trouxe agora até nós. (.Como não me reconheces, mãe? Falaste das meninas que se vestem com tudo quanto têm nos dias de festa e eu aproveito para te lembrar dos vestidos que nos fazias na máquina de costura, por alturas da Feira Anual ou pela Festa do Santíssimo Sacramento. Em vão, tento trazer para a nossa conversa o arraial no Largo do Coreto, os foguetes e o medo que eu tinha quando estes rebentavam, a procissão com andores, pendões e pálio e os meninos e meninas vestidos de anjinhos, com asas e tudo.

Lembro também o quanto eu estranhava que o meu nome fosse o mesmo daquela peça brilhante que me parecia uma estrela e que seguia naquela procissão, sob o pálio, durante a festa do fim do Verão da nossa aldeia encantada… Por que não me respondes a nada disto, mãe?

– Esta é a tua casa. Eu sou a tua filha mais velha. Não precisas de abalar para lado nenhum. Já estás em tua casa, mãe.

– A tua cara é uma onda?! Pode ser, sim. Mas é uma onda bonita. Lembras-te quando usavas uma trança e a prendias atrás, com ganchos e travessa com pedrinhas? Era tão bonito, esse teu penteado!

– Como é triste que não te lembres das palavras que delicadamente arrumavas nos poemas que escrevias e que tantas vezes te apaziguavam e outras tantas te inquietavam.

(…)

Que doença tão estranha. Por mais que tentemos trazer à lembrança alguma referência que faça sentido, a nossa mãe não se recorda. Não se lembra do nome de objectos usuais ou para que servem, dos frutos de que sempre gostou, das cores… Se tentamos que leia uma pequena frase, concentra-se apenas numa das letras, do princípio ou do meio de uma palavra e inventa outra que comece pelo fonema dessa mesma letra. Por vezes, com este pronuncia “palavras” que não existem. De vez em quando diz que está muito triste mas, felizmente, há muito que não a vemos chorar…

Porém, Abril chegou e com ele veio também o dia do seu aniversário. Apesar deste tempo de pandemia, cantámos e chorámos os seus oitenta e cinco anos que completou em 25 de Abril.

Cantámos os parabéns e pouco depois a Grândola, Vila Morena. E, como que por um acender de memória, a Grândola encheu os seus olhos de lágrimas e disse-nos: “essa é muito bonita!” – Chorámos as três de emoção, mas cantámo-la até ao fim.

Estes longos dias e noites passados em quase total isolamento têm sido muito cansativos pela exigência que nos impõe a dependência de minha mãe. No entanto, eles também têm permitido recordar situações muito enriquecedoras e que gostaria que a minha memória não apagasse nunca.

Perante a situação que diariamente observamos, este é um medo que me tem assolado todos estes dias.

Será que também poderei esquecer os dias felizes na nossa aldeia?! E aqueles serões de noites muito quentes em que brincávamos na Rua de Avis?! Não tínhamos ainda luz eléctrica e, por isso, todo o céu estrelado era um deslumbramento. Milhões de estrelas cintilavam e todas as noites procurávamos uma muito maior que as outras, a “Estrela do pôr-do-ar-dia”. Só muito mais tarde soubemos ser um planeta. E a Estrada de Santiago? A escuridão da nossa rua permitia-nos contemplá-la e imaginávamos tantas coisas que poderiam acontecer naquela Estrada. Não sabíamos de onde vinha nem para onde ia, mas certamente levaria a algum lugar lindo no céu…

E os pirilampos que em vão tentávamos apanhar?! Como é possível que tenham desaparecido por completo destas paragens?! Que maldades temos feito ao meio ambiente que os fez desaparecer?!

E as histórias que ouvíamos à porta da Ti’ Custódia quando esta se sentava ao fresco?! E o caminho para a escola que nos parecia tão longo?! Primeiro a Rua de Avis, depois seguir pela Rua Grande, passar na Praça do Coreto, Rua Velha, Largo da Anta, Rua Conselheiro Fernando de Sousa, atravessar a encruzilhada de estradas de onde nos vinha o aceno do mar ou de Espanha, como escreveu Namora e, finalmente, fazer mais uns cinquenta metros, até ao portão da escola. Nessa altura, havia tantas crianças que enchiam as quatro salas de aula da aldeia. Actualmente, os meninos da pré-escolar e do 1º ciclo não enchem uma sala e nem sequer são em número suficiente para constituir uma equipa de futebol.

Tanta coisa já mudou desde esse tempo em que vínhamos à porta pela tardinha, para ver passar os carros de parelhas que recolhiam ao Prédio Grande, ali mesmo em frente da nossa casa. Os cascavéis que cada parelha usava eram diferentes uns dos outros e era um gosto ouvi-los quando subiam a ladeira da fonte. Os carreiros usavam chapéu e lenço na cabeça, para se protegerem do calor abrasador e nas pernas tinham safões de carneira que lhes protegiam as roupas e o corpo.

Ouvia-se depois o toque das trindades. Como era bom ouvir aquele sino ao fim da tarde! Havia, porém, um toque que ninguém gostava de ouvir – “Os Sinais”. Três toques e logo dizíamos:  morreu um homem! Dois toques: morreu uma mulher!

Havia também algumas regras que não entendíamos, mas que nunca púnhamos em causa. Tudo o que os pais, a senhora professora ou o senhor padre diziam era para cumprir e nem sequer se colocava a hipótese de questionar fosse o que fosse. Na rua nós, as meninas, não poderíamos brincar com rapazes nem seguir com eles no caminho para a escola. Não era bonito, diziam-nos.

Nas salas de aula, tal como na igreja, também não nos misturávamos. Havia a Escola Feminina e a Masculina.

Na igreja, algumas filas de bancos da frente tinham uma pequena placa que dizia “Crianças”. No entanto, as meninas ficavam de um dos lados da coxia e os meninos do outro.

As filas de bancos mais recuados tinham outra pequena placa que dizia “Homens”. Deduzia-se que os bancos do meio, em muito maior número, estavam reservados às mulheres.

Nas naves laterais da igreja, junto das filas de bancos de madeira, de forma espaçada, havia algumas cadeiras e genuflexórios individuais para uso exclusivo das donas dos mesmos.

Apenas a pia de água-benta, perto da entrada, era de uso comum, para fazer o sinal da cruz na testa.

Quando morria algum familiar próximo, as crianças usavam um “Fumo” no braço que era afinal uma sinalização, uma lembrança permanente, feita com uma fita preta. Apesar de tudo, por aqui não nos vestiam de preto como em outras zonas do Alentejo. Os adultos sim, vestiam-se todos de luto, durante longos anos.

As mulheres que ficavam viúvas não mais poderiam vestir outra cor e o traje incluía lenço na cabeça. E nada de mangas curtas ou decotes ousados. Estes não eram considerados adequados.

Na adolescência, tudo era também vivido em grande contenção. Poucas raparigas usavam calças e não poderíamos entrar no Liceu sem meias, quer fosse Inverno ou Verão.

Nos bailes, por alturas festivas, as raparigas tinham sempre a vigilância da mãe, de uma tia ou da avó. Estas ficavam sentadas na fila de trás das cadeiras da Sociedade do Grupo Musical.

Era assim quando nasci, em meados dos anos cinquenta do séc. XX, em plena vigência do Estado Novo. Só no início dos anos setenta começámos a sentir alguma abertura nos hábitos que estavam enraizados na nossa sociedade. Mesmo sem os entendermos, não conhecíamos outros, ninguém nos falara de outras maneiras de viver. Não viajávamos, nunca tínhamos visto o mar, um navio, uma biblioteca, Lisboa ou qualquer outra cidade. Não conhecíamos a sensação de andar de carro e muitos, mesmo muitos, não tinham a alegria de saber ler e escrever… Por tudo isso e muito mais, quase sempre aceitávamos silenciosamente a ordem instituída.

Foi assim a minha infância e juventude. Vivíamos felizes, mas sempre com pouco de tudo e não conhecíamos mais nada do que a nossa aldeia e os seus campos em redor que palmilhávamos a pé ou de carroça, quando havia algum dinheiro para o frete.

Apenas tínhamos possibilidade de tomar decisões sobre a nossa vida aos vinte e um anos, quando se atingia a idade adulta.

Antes disso, não poderíamos ter a carta de condução, por exemplo, sem que o pai, e só ele, nos desse a emancipação.

Na legislação portuguesa de então, era o pai que detinha o poder paternal sobre os filhos, sendo ele o responsável pela orientação da instrução e educação ou a autorização para o exercício de uma profissão.

No entanto, às mulheres, mesmo quando atingiam essa idade, muito lhes continuava vedado.

A título de exemplo lembro que, tendo acabado o curso do Magistério Primário em 1973, tomei então conhecimento que, para casar, uma professora tinha que pedir autorização ao seu superior hierárquico. A lei dizia ainda que o rendimento que auferia o suposto pretendente teria que ser sempre superior ao da professora. Além disso, a autorização do casamento tinha que vir publicada primeiro em Diário do Governo.

Outra situação muito injusta na vida das professoras de ensino primário era a que vivíamos quando, nos concursos para professores agregados, os candidatos eram classificados primeiro por sexo e depois pela nota de saída das Escolas de Magistério. Os professores/homens encabeçavam sempre as listas de candidatos. Só depois vinham as candidatas do sexo feminino. Por isso, ainda enquanto estudantes daquelas escolas, alguns alunos menos conscienciosos não se preocupavam muito com os estudos. A lei garantia-lhes que ficavam sempre à frente de qualquer candidata do sexo feminino.

Qualquer mulher que quisesse casar com um oficial do exército português, tinha de apresentar um Atestado de Robustez Física e um Registo Criminal “limpo”, passado pelo Registo Civil.

Embora a Constituição da República de 1933 que vigorava em 25 de Abril de 1974 tivesse estabelecido o princípio da igualdade entre os cidadãos perante a lei, havia algumas excepções. A mulher era relegada para segundo plano na família e na sociedade.

Na lei portuguesa o marido era sempre o chefe de família e os direitos cabiam-lhe todos a ele. A esposa apenas poderia “ser ouvida”. Elas não tinham direito a voto e não poderiam exercer cargos políticos. Para trabalhar ou sair do país, tinham que ter autorização dos maridos. O divórcio era proibido devido ao acordo estabelecido em 1944 entre o Estado e a Igreja Católica.

Durante algumas décadas, a enfermagem esteve reservada apenas a mulheres solteiras ou viúvas sem filhos. Algumas que desafiaram a lei vigente viram-se envolvidas em problemas pela ousadia…(…)

A revolução de 25 de Abril de 1974 veio, pouco tempo depois, trazer tantas alterações positivas à sociedade portuguesa que aquelas pequenas mudanças podem parecer insignificantes, sobretudo para os jovens de hoje. Os que sempre viveram sob o regime democrático poderão mesmo ter alguma dificuldade em alcançar a verdadeira dimensão das restrições em que vivíamos.

Antes da Revolução de Abril, as escolas tinham um funcionamento muito rígido, salvo algumas excepções onde havia alguns professores mais sensíveis, bondosos ou esclarecidos. Nelas se perpetuavam diferenças sociais e os modelos de ensino-aprendizagem não davam liberdade de escolha e de participação ao aluno. Daí que, ter possibilidade de escolher um livro, lê-lo ou simplesmente folheá-lo, dentro da sala de aula, depois de acabada uma determinada tarefa lectiva, não era uma prática pedagógica aceitável naquela altura.

Por outro lado, a sociedade insistia em incutir a ideia de que algumas tarefas, ofícios ou jogos seriam pouco indicados para as raparigas. Estava neste caso, por exemplo, o jogar com uma bola.

Por isso, nunca me arrependi das decisões que tomei na minha primeira turma, antes da Revolução de Abril. Elas foram, para mim e para aquelas crianças, muito importantes.

Nessa altura, em casa da maioria dos portugueses não havia livros para além dos escolares. Havia uma taxa de analfabetismo muito elevada, mesmo entre os adultos jovens. E nós sabíamos que os livros eram, e serão sempre, um passaporte para o sonho, a descoberta, o conhecimento.

Quanto ao desporto, sobretudo o futebol, era encarado como coisa de rapazes e às raparigas estava mais reservado o dever de ficar em casa, aprender a ser dona de casa, boa mãe e boa esposa.

As conquistas sociais trazidas pela Revolução melhoraram muito a vida dos homens e mulheres do meu país, pois trouxeram direito à igualdade de oportunidades para todos e regalias sociais, como o acesso à saúde, à educação para todas as crianças, incluindo as que tinham deficiências, e o fim do trabalho infantil, entre muitas outras.

A Revolução aconteceu quando eu tinha pouco mais de dezoito anos e com ela comecei a descobrir um mundo que não sabia que existia.

É com satisfação que lembro a alegria de ter vivido aquela época de descobertas, de solidariedade, de vontade de ajudar a construir um país melhor. (…)

Para nós, foram tempos de muita descoberta, muita alegria. Eu viera da minha pequena aldeia havia oito anos e nunca ouvira falar de muitos temas que a Revolução nos trouxe. Todos os dias surgiam novos e impressionantes assuntos que a pouco e pouco fomos desbravando.

As ruas tinham coloridos de bandeiras, manifestações e palavras de ordem que despertavam em mim curiosidade e ao mesmo tempo me motivavam a tentar entender de que lado me poderia eu posicionar perante discussões diversas. Temas como novos métodos pedagógicos de ensino-aprendizagem, ensino de crianças com deficiência, eleição de representantes sindicais que defendessem os interesses profissionais, constituição de cooperativas de ensino ou agrícolas e reforma agrária eram motivo de acesas conversas. (…)

Palavras e expressões como democracia, guerra colonial, partidos políticos, eleições livres, direito ao voto, sessões de esclarecimento, igualdade de oportunidades e tantas outras que não usávamos, passaram a fazer parte de muitas conversas.

Todos estávamos a aprender e em todas as instituições se discutiam ideias e propostas para se encontrar a melhor maneira de fazer avançar a democracia. Tudo demorava sempre muito tempo a analisar, pois os debates eram muito acesos e participados.

(…)

Em tudo o que nos envolvíamos havia sempre um grande empenho e uma vontade de nos superarmos.

Lembro também os primeiros anos de comemorações do aniversário da Revolução. Além das cerimónias oficiais, saíamos para a rua e cantávamos e bebíamos em grupo de amigos… Num desses anos, talvez 1976, na taberna do amigo Parreira, ali no Bairro do Frei Aleixo, já noite dentro, estivemos com Adriano Correia de Oliveira e alguns Militares de Abril. Destes, apenas lembro dois nomes, dos que acompanhavam Adriano – Manuel Teixeira Gil e Joaquim Guerra, nossos queridos e saudosos amigos.

Com eles e tantos outros que se foram juntando a nós, cantámos baladas, canções antes proibidas e onde não faltou a Grândola, Vila Morena, lá pela madrugada. Era tanta a felicidade que parecia não caber dentro de nós e os dias pareciam não chegar para tanto que havia por fazer.

Quem nos diria que passados quarenta e seis anos da Revolução, no dia de celebração da Liberdade, por causa de um vírus mortífero e ainda tão pouco conhecido da humanidade, tivéssemos que cantar a Grândola, Vila Morena às janelas, por estarmos em isolamento?!

Porém, posso afirmar que, apesar disso, senti uma força interior enorme que me fez perder a hesitação, me impeliu para a porta e, embora sozinha, comecei a cantar: Grândola, Vila Morena. Pouco depois a voz da minha irmã veio em meu auxílio – terra da fraternidade – e logo outra voz se fez ouvir a meio da rua e mais outra ainda, lá mais ao fundo.

A emoção começou a crescer e no final cantávamos e chorávamos ao mesmo tempo.

No entanto, o melhor chegou quando, já dentro de casa cantámos para ti a Grândola, mãe.

E tu, que não te recordas de nada, sorriste, e, com lágrimas nos olhos disseste: “Essa é muito bonita!”

Tu não te esqueceste de tudo, mãe! Guardaste lá bem no fundo do teu coração alguma coisa que te fez vibrar e emocionar ainda…

Por ti, e por tudo o que Abril me trouxe, relembro agora as palavras de Drummond:

“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.”

Continuar leitura
1 Comentário

1 Comentário

  1. Gertrudes Matos

    29 de Maio, 2021 at 16:53

    Magnifico !!!!

    Parabéns Custodinha!

    Excelente texto ,em que de forma clara e concisa consegues transmitir a experiência, na primeira pessoa, de um momento extremamente importante na tua vida pessoal.
    Muito obrigada!!

Deixe uma Resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Atualidade

As crianças de Portugal falam ao ATÃO

Ouvimos a opinião de uma criança em cada distrito de Portugal numa tarefa nada fácil para um jornal local.

Publicado

em

DISTRITO DO PORTO

PENAFIEL

CAROLINA   – FUTURA VETERINÁRIA E DEFENSORA DO BEM ESTAR ANIMAL

O meu nome é Carolina, tenho 8 anos, vivo em Penafiel e frequento o 3º ano do ensino básico.

Quando crescer quero ser veterinária porque eu nasci com animais. Eu vejo animais a ser maltratados e não suporto. Mas eu não quero ser só veterinária. Eu quero ir à rua procurar animais de rua e levá-los para a clínica e cuidar deles. O meu sonho é não haver pessoas neste mundo que maltratem animais. Eu sou contra essas pessoas mas quando crescer vou fazer de tudo para não ter pessoas neste mundo assim.

Beijinhos

DISTRITO DE CASTELO BRANCO

CAROLINA MORAIS – FUTURA ASSISTENTE SOCIAL E DINAMIZADORA DO ASSOCIATIVISMO

Carolina Morais, 8 anos, Castelo Branco 

Quando for crescida gostava de ser Assistente Social, para ajudar as pessoas que  precisem de mim.

Gostava de formar uma equipa para criar uma associação onde possa recolher bens  essenciais, angariar dinheiro e ajudar os sem abrigo.

Já vi alguns famosos a participar em causas e outras associações e quando construísse a  minha própria associação, gostava de poder convidar os famosos para ter mais  visibilidade e poder ajudar o maior número de pessoas possível.

Poderão surgir dificuldades, mas eu sei que nunca posso desistir do que eu gosto e deste meu sonho!

Quando for crescida gostava de ser Assistente Social, para ajudar as pessoas que  precisem de mim.
Gostava de formar uma equipa para criar uma associação onde possa recolher bens  essenciais, angariar dinheiro e ajudar os sem abrigo.

Já vi alguns famosos a participar em causas e outras associações e quando construísse a  minha própria associação, gostava de poder convidar os famosos para ter mais  visibilidade e poder ajudar o maior número de pessoas possível.

Poderão surgir dificuldades, mas eu sei que nunca posso desistir do que eu gosto e deste meu sonho!

DISTRITO DE LISBOA

PAULO AFONSO CARREIRA – FUTURO MÉDICO

O que quero ser quando for adulto? Eu quero ser herói!

Olá, chamo-me Paulo Afonso Carreira, vivo em Lisboa e tenho 11 anos e quando eu for adulto quero ser médico, porque eu gosto de ajudar as pessoas e não gosto de ver as pessoas doentes.

Ser médico é uma profissão muito especial, das mais especiais, ou até a mais especial! porque ajuda as pessoas, a se recuperar de doenças e a salvar vidas.

É difícil ser médico?  Eu não sei, mas daqui a alguns anos vou descobrir, mas na minha opinião deve ser difícil porque eu tenho um amigo dos meus pais que é médico e ele está sempre a trabalhar no hospital ou a estudar, para conhecer todas as doenças e tratamentos, por isso eu acho que tenho de estudar muito, mas isso eu já faço!

Os médicos são precisos em todo o mundo pois existem muitas doenças, e tem de ajudar muitas pessoas, como está a acontecer o agora com o Covid-19, têm estado sempre a trabalhar para ajudar as pessoas que precisam mesmo sabendo que curar é difícil. Os médicos têm sido uns heróis, e eu quero ser um desses heróis que ajuda a salvar vidas!

Ser herói não é ter superpoderes ou poder voar, apenas se precisa de ajudar as pessoas que precisam, por isso eu quero ser médico quando for adulto.

DISTRITO DE GUIMARÃES

JOSÉ GUILHERME – FUTURO ENGENHEIRO AEROESPACIAL

José Guilherme, 12 anos, Guimarães

 DISTRITO DE BRAGANÇA

JOANA MARTINS -FUTURA VETERINÁRIA,  CUIDADORA DOS OCEANOS E DO MUNDO
Joana Martins, 12 anos , 6º ano


O que faria para melhorar o mundo?

– Fazer menos poluição.
– As pessoas serem mais bondosas com os animais.
– Não julgar as pessoas pela aparência e respeitar as diferenças.
– Acabar com as guerras.
– Ajudar os sem-abrigo.
– Proteger as florestas.
– Poupar o papel para não se cortarem tantas árvores.
– Ajudar as pessoas idosas.
– Equilibrar o dinheiro entre as pessoas.

Que profissão vai escolher e porquê?

– Veterinária, para cuidar dos animais, especialmente os dos oceanos.

DISTRITO DE VISEU

MARGARIDA MAIA – FUTURA MÉDICA

Margarida Maia, doze anos

Quando eu for grande eu gostava de ser médica porque o meu sonho desde pequena sempre foi tentar ajudar pessoas, tentar fazer com que famílias não percam outros familiares pois imagino o quanto doloroso isso é.

Também gostava de ser médica porque, mesmo sendo muito difícil deve haver momentos inesquecíveis com pacientes e na verdade isso acaba por se tornar incrível porque só vou estar a tentar ajudar quem precisa e essas pessoas acabam por me ajudar também.

DISTRITO DE BEJA

CABEÇA GORDA

GUILHERME SILVA -FUTURO  POLÍCIA, BOMBEIRO E MÉDICO. UM CUIDADOR “BONZINHO” SEMPRE AO SERVIÇO!

Guilherme Silva, 5 anos

Quando for grande quero ser:

POLÍCIA, para apanhar os ladrões e proteger as pessoas. Vou passar multas para quem faz coisas más, quem passa o sinal vermelho e estaciona em cima dos passeios e das passadeiras. Tenho que chamar a atenção às pessoas batem nas casas quando vão com muita velocidade e depois perdem o controlo do carro;

BOMBEIRO, porque apagam fogos, salvam as pessoas e levam-nas para o hospital. Os bombeiros são muito corajosos a subir escadas muito altas e muito fortes para tocar a sirene e a lançar jatos de água;

MÉDICO, porque os médicos cuidam e curam as pessoas quando estão doentes e os doentes que chegam nas “camas de rodinhas” das ambulâncias.

Para mim é importante e quero estas três profissões porque todas salvam pessoas e porque são “bonzinhos”. Os meus trabalhos vão ser perto uns dos outros e eu vou na mota da polícia. Queria ser polícia para acabar com as pessoas más, que fazem mal a outras pessoas e que não roubem nem façam fogos. Queria meter muitas camas na sede dos bombeiros, dos polícias e nos hospitais para as crianças que não têm mãe nem pai. Ia meter muitas mesas, cadeiras e brinquedos e todos os polícias, médicos e bombeiros cuidavam das crianças e lhe davam muito amor. Eu quero ser “bonzinho” com toda a gente.

Quando não estiver a trabalhar nas minhas três profissões quero ser paleontólogo porque eu adoro dinossauros. Eu sou um especialista, sei tudo sobre dinossauros, vou procurar ossos deles em Portugal, os ossos são muito valiosos. Se encontrar ossos vendo-os para o Museu e depois dou o dinheiro às pessoas.

Gosto muito de ser criança, só tenho que brincar, não preciso de fazer reuniões nem coisas “chatas” de adultos, mas quando eu for adulto quero ser muito “bonzinho” e muito simpático nas minhas profissões.

DISTRITO DE FARO

LOULÉ

FRANCISCO SOUSA -FUTURO DESPORTISTA E QUEBRA CORAÇÕES

Olá eu sou o Francisco, tenho 12 anos e vivo em Loulé.

Ainda não pensei muito na minha profissão no futuro, tenho áreas que me interessam, como desporto, ciências, informática.

É um assunto para pensar com calma, tenho a certeza que o desporto vai fazer parte da minha vida porque desde os meus 4 anos que faço competição de BMX, é uma das minhas grandes paixões.

Se aparecesse o Aladino com a sua lâmpada mágica e eu pudesse pedir 3 desejos eu pedia um mundo menos poluído, que a riqueza dos homens fosse mais distribuída e por fim não era mau que todas as miúdas que eu gosto, gostassem de mim! ☺

DISTRITO DE VILA REAL

SANTA MARTA DE PENAGUIÃO

FRANCISCO SEQUEIRA MONTEIRO – FUTURO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Francisco Sequeira Monteiro, 5 anos

Quando for grande quero ser…

Eu quando for grande quero ser Presidente da República, para os fins-de-semana terem cinco dias e só trabalharmos dois, assim, podemos estar mais tempo em casa com os nossos pais, para brincarmos e fazermos várias atividades.

Mas, nos meus tempos livres, também quero ser bombeiro como o meu pai foi, para poder conduzir os camiões de bombeiros e as ambulâncias, poder apagar incêndios e ajudar as pessoas, subir aos telhados para salvar os gatinhos e tocar a buzina “tinoni, tinoni”.

Se eu pudesse mudar alguma coisa, gostava que também houvesse mar e areia aqui, assim podia brincar todos os dias na praia.

DISTRITO DE SANTARÉM

ALPIARÇA

LOURENÇO-FUTURO YOUTUBER E O RAPAZOLA MAIS SIMPÁTICO DA ZONA.

Lourenço, 8 anos, mora em Alpiarça. “Quando eu for crescido quero ser youtuber. Pretendo divulgar as boas práticas para salvar o planeta e m ele diz quer manter as espécies a salvo”.

O Lourenço é muito brincalhão e adora desporto, para ficar “fitness como o pai e o mano”.   É o  rapazola mais simpático aqui da zona.

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

STELA BORGES -FUTURA DERMATOLOGISTA

O que eu quero para o mundo:
Que acabe a poluição, o racismo, a pobreza…acho que o mundo ia ficar bem melhor assim e seríamos todos mais felizes.

O que eu quero ser quando for grande:
Quero ser dermatologista, porque quero cuidar muito bem da pele das pessoas e claro, só quero o bem para elas.

DISTRITO DE ÉVORA

BEATRIZ MANÇO- FUTURA ATRIZ E ECOLOGISTA

Beatriz Velez Manços, 14 anos, oitavo ano

O que eu gostaria de mudar no mundo é a forma de pensar de nós humanos. A ganância de alguns leva á desgraça dos outros. O mundo deveria ser um sítio puro, limpo e agradável de estar. No entanto a cada dia que passa existe mais destruição para obtenção de recursos por vezes desnecessários. Sermos ecológicos é prioridade. Por fim aos conflitos e educar os povos.

Gostava de ser atriz, porque adoro cinema e representação inspiro-me muito em Harry Potter principalmente e também em várias séries. Se pudesse tava a estudar em Hogwarts 😂

DISTRITO DE SETÚBAL

JOANA GIROTO -FUTURA MAQUIADORA

DISTRITO DA GUARDA

GONÇALO – FUTURO GEÓLOGO

O meu nome é Gonçalo, tenho sete anos e frequento o 2.º ano do ensino básico. Quando crescer, eu quero ser geólogo para poder estudar as rochas. Eu gosto muito de pedras e coleciono-as, escolhendo as que acho mais bonitas e quero estudar as suas formas, cores e texturas. Costumo recolher quartzo, que é um mineral muito comum, em forma de cristal. Eu tenho quartzo branco e rosa. Como vivo num dos nove concelhos incluídos no GeoparK Estrela, tenho, à minha volta, um conjunto de sítios incríveis para explorar.

Para além disto, também quero estudar o dragão-de-komodo que existe num parque natural numa das ilhas do arquipélago da Indonésia, mas, para isso, tenho de ir para lá viver durante um tempo.

Eu gosto muito da natureza e, como sou de Manteigas, tenho muita sorte por viver numa zona ideal para a profissão com que sonho.

DISTRITO DE LEIRIA

GUILHERME SANTOS -FUTURO INFORMÁTICO

Guilherme Santos – 12 anos

Se pudesse mudar alguma coisa no mundo, mudava a escola para os alunos poderem ter aulas de coisas que lhes interessam mais pudessem ser mais úteis no que querem fazer quando forem crescidos.

Quando for mais velho gostava de trabalhar em alguma coisa ligada à informática e a computadores.

Continuar leitura

Atualidade

A brincar é que a gente se entente

Publicado

em

Por: Maria Alves. Atriz.

Metamorphose Centro de Divulgação Artística 

Ao olharmos o mundo pela primeira vez somos uma página em branco, pelo menos é assim que eu gosto de pensar. Vamos em busca da descoberta e das surpresas por este planeta de cores e sentidos especiais, onde há tanto por descobrir.

As histórias transformam-se em viagens inimagináveis, onde a imaginação naufraga num barco de piratas conquistado pela criatividade do pequeno ouvinte. A criança tem esta apetência natural para sonhar acordada com um olhar atento aos pequenos detalhes que giram à sua volta.

IM000655.JPG

A arte, na verdade, encontro-a no próprio ser ao ser como é. A preciosidade do que somos ao chegar a este universo não tem limites, esses aparecem mais tarde, quando chega o momento de vestirmos a camisola em conformidade com a sociedade. Até lá o risco é a melhor ferramenta.

Quando brincamos os sentidos acordam, as palavras voam, a matemática saltita por entre pegadas, as ciências mergulham nos rios e as artes misturam tudo num grande jogo. O jogo é o meio para alcançar os benefícios das práticas coletivas e o que daí advém, a consciência está no jogo e nos seus objetivos e por isso ganha um carácter libertador, no qual a comunicação e interação se fortalecem sem ser algo forçado aos olhos do jogador. De acordo com Konrad Langer, na sua Teoria do Exercício Complementar, «o jogo visa, antes de tudo, completar o Eu.»(Langer apud Sousa, 2003).Escondemo-nos enquanto alguém conta os números até se cansar, falamos silabicamente ao chamar 1,2,3, Macaquinho do Chinês, rimos quando alguém imita a professora a fazer a chamada ou o vizinho da bengala a correr atrás de nós depois de tocarmos à sua campainha.

Afirmar que as artes são essenciais no crescimento de todos nós parece-me pouco, porque a importância está na capacidade de unirmos todas as áreas do conhecimento e brincar ao faz de conta. Encontrar na aprendizagem o jogo da expressão dramática, o corpo desperto pela dança, o ouvido atento aos sons da rua, a vontade de pintar paisagens e construir esculturas moldadas pelas nossas mãos. Isso tudo é vital e torna-se imprescindível quando a criatividade primordial nas artes catapulta para algo insubstituível na vida de todos nós.

A arte tem este dom de conseguir fazer com que cada pessoa tenha a possibilidade de descobrir a sua capacidade de expressão, de tomar consciência do seu próprio corpo, de construir a sua linguagem, de observar, de escutar e conhecer o outro. Segundo Tolstoy «Art is not a handicraft, it is the transmission  of feeling the artist has experienced» (Diffey, 2015).

Continuar leitura

Atualidade

Coaching para Pais

Publicado

em

Por:  Cristina Valente 

 Educar é decidir entre vários caminhos. Educar implica refletir sobre o que queremos para os nossos filhos. Como os queremos educar? Que adultos queremos que sejam no futuro? Nenhum de nós nasceu com a competência para ser pai ou mãe. E a intuição não basta. É preciso trabalho e ter vontade de aprender.


Sinopse

Em O Que se Passa na Cabeça do Meu Filho?, a psicóloga Cristina Valente apresenta ferramentas úteis para entender os estados mentais e as necessidades emocionais dos filhos, desde as primeiras birras à adolescência.

Numa abordagem original e muito prática, a autora identifica diferentes situações com que os pais se defrontam no dia-a-dia, de três perspetivas diferentes:

– O que a criança está a pensar ou a sentir; – O que os pais estão a pensar; – As chaves para resolver com calma e eficácia todos os desafios.

Sinopse

Socorro, tenho um filho adolescente em casa!

Cristina Valente, explica-nos que a capacidade de antecipar é uma das competências fundamentais em pais de adolescentes. Enquanto os pais reativos esperam que aconteça um problema e tentam resolvê-lo «em cima do joelho», os pais proativos preparam-se e planeiam cuidadosamente o que fazer, dizer, sentir, decidir.

Com estratégias, conselhos práticos e ferramentas úteisO Que se Passa na Cabeça do Meu Adolescente? ensina-nos a perceber os comportamentos, a compreender o seu cérebro, as mudanças porque passam, as suas emoções, a melhor comunicar com eles, sem discussões nem lutas de poder.

Cristina Valente garante-nos que o melhor que podemos dar aos nossos filhos adolescentes é a capacidade para saber tomar boas decisões, escolher o seu caminho e dar-lhes asas para voar em segurança.

Sinopse

A loucura dos dias que vivemos tem servido, sobretudo, para enterrar emoções, para educar mais com a cabeça do que com o coração, para nos virarmos mais para fora, para o que é visível e racional… do que para dentro, para o que somos e sentimos. Como consequência, são muitos os pais que se encontram confusos, exaustos e sem esperança. Maior ainda é o número de crianças e adolescentes que se sentem incompreendidos, desconectados e até mesmo perdidos.

Cristina Valente, traz-nos um livro prático, com dicas e exercícios para ajudar a fomentar a comunicação afetiva e a linguagem emocional entre pais e filhos. Aqui, apresenta-nos uma nova visão da educação, baseada no exercício do amor verdadeiro e na conexão com a mente e com as emoções uns dos outros.

Um livro repleto de ferramentas que permitem fazer mudanças na forma de ensinar regras e valores a filhos e alunos, bem como a lidar com as suas emoções de forma inteligente e positiva. Só quando os ensinamos a identificar e a gerir os seus estados emocionais é que eles conseguem mudar comportamentos. E quando isso acontece, os resultados melhoram.

Ensinar crianças e adolescentes a tornarem-se emocionalmente inteligentes faz com que aprendam a lidar com as emoções e a desenvolverem competências para enfrentarem o mundo tal como ele é.

 Toda a informação foi retirada do site da editorial Presença onde os livros referidos podem ser adquiridos.

Cristina Valente é formada pelo I.S.P.A. – Instituto Superior de Psicologia Aplicada (Lisboa) e Master Practitioner em Programação Neurolinguística, formada pelo INEXH – Instituto Nacional de Excelência Humana (São Paulo, Brasil). É trainer da Equipa de Lisboa e da Madeira do Treino das Emoções / DL – Desenvolvimento e Liderança, assim como da versão para Adolescentes (DL Jovem). É autora de Coaching para Pais e O Que se Passa na Cabeça do Meu Filho? Concebe formações online de coaching parental para colégios e empresas, assim como consultas in home visits, workshops, palestras. Começou a trabalhar quando era ainda adolescente, fez carreira como apresentadora, jornalista e editora nas áreas da Educação e Cultura na RTP, RTP Açores, TVI e Canal de Notícias de Lisboa (atual SIC Notícias). Foi quadro superior numa multinacional portuguesa nas áreas da Formação e Responsabilidade Social. Cristina Valente é mãe de dois adolescentes, Tiago e Constança.

Continuar leitura

Trending

Copyright © 2021 SOMOS