A Associação de Divulgação Cultural de Mora é uma associação juvenil, criada em Mora em 1986.

Os membros da associação são voluntários que ao longo dos anos desenvolveram várias atividades para os jovens do Concelho de Mora, tais como: BTT, canoagem, workshops de fotografia, campos de trabalho nacionais e internacionais, intercâmbios nacionais e internacionais, exposições de arte e atividades de educação ambiental.

Há cerca de 30 anos estabelecemos uma parceria com uma associação Alemã, Sportjugend Hessen, que tem sido um sucesso e que nos tem permitido organizar de forma regular atividades de intercâmbio para jovens de ambos os países, tanto em Mora como na região de Frankfurt.

Desde 2002 que expandimos e estabelecemos parcerias com outras associações/regiões europeias. A nossa rede de parcerias -“Europe of Regions in Sport” incluí parceiros de Espanha (Navarra), Itália (Verona), República Checa (Frydek-Mystek), Inglaterra (Manchester), Polónia (Marshall Office of the Wielkpolska Region) e Rússia (São Petersburgo). Desde então temos não só recebido jovens dessas regiões em Mora como também enviado grupos de participantes do Concelho para atividades de intercâmbio desenvolvidas pelos parceiros nas suas regiões.

Atualmente o nosso foco de trabalho são os intercâmbios de jovens – a que carinhosamente chamamos “Eurocamp” – que permitem aos jovens aprender, fazer novas amizades e desenvolver o enriquecimento/conhecimento pessoal e linguístico por meio da educação não formal e do desporto.

Neste momento temos aprovado um projecto aprovado pelo programa Erasmus+, denominado “I Am (Multi)Cultural” que visa organizar em Mora um intercâmbio com participação de jovens do Concelho de Mora, da região de Frankfurt e de Frydek-Mystek (República Checa). O intercâmbio terá a duração de 10 dias, sendo que uma durante uma semana os participantes estarão alojados nas Azenhas da Seda (que tem sido um parceiro fundamental para nós), tendo oportunidade de conhecer o Concelho de Mora, a música, as tradições e a comunidade local e nos 3 dias restantes estarão em Lisboa onde terão oportunidade de conhecer instituições diretamente relacionadas com o tema do intercâmbio – inclusão social, inclusão de migrantes, a multiculturalidade e a luta contra a xenofobia.

O projeto estava inicialmente previsto para decorrer em Agosto de 2020, mas tem vindo a ser adiado devido à pandemia. A sua realização está agora prevista para Agosto de 2022.

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Sonhos

1. Entre o sonho de menina e o sonho de mulher, qual foi o percurso?

Os tempos de “sonho de menina”, são os tempos em que ia para a rua brincar com os meus irmãos mais velhos, a Maria e o ZeZé, e também com os meus vizinhos primos, o  Ráfa, o Tó,… Brincávamos às escondidas, ao macaquinho do chinês, aos polícias e aos ladrões, isto entre umas “boladas no portão” e umas corridas de bicicleta até ao Pinhal. Era no aproximar da hora de ir para casa, “hora da janta”, que olhava para a imensidão do céu e imaginava que dali a alguns anos seria “professora de ginástica e jogadora da bola”. Chegada a casa, ainda na euforia da brincadeira, mesmo à boca da cozinha, passava à bola ao meu pai e ele entusiasmado mostrava-me uns truques que fazia no tempo dele e no meu jeito alegre, perguntava à minha mãe, “quando tiver a tua idade, achas que posso dar concertos a dar toques na bola e a cantar ao mesmo tempo?”.

No fundo, o “sonho de mulher” já fazia parte dos “sonhos de menina”, e vice-versa, eu é que não sabia!

2. Respirar o ar alentejano formatou inegavelmente a sua personalidade e também as suas escolhas profissionais?

Ser alentejana é mais que motivo de ser artista. As planícies descansam-me o olhar. A qualidade humana que habita o Alentejo inspira-me e a sensação de inércia, vazio e de um pouco de solidão dão espaço! O ar alentejano faz definitivamente bem à saúde!

3. O que faz hoje e sonha para amanhã?

A esta pergunta respondo com uma letra de uma música minha,

“(…)Só que ninguém mais depressa anda,
do que as pernas que tem.
O caminho faz-se andando,
mesmo quando tu sabes bem!
As linhas da terra, as contas da mão,
solucionar uma guerra,
viver na condição
de espantar sem entender,
de rir como uma criança,
por amor enlouquecer
e aceitar o mundo que balança…
gira, pára, volta, vira-volta e siga a dança(…)”.

“Sou António Couvinha e ando mal da barriga e mal da espinha”

Assim se apresentou, bem humorado, o Sr. António Couvinha de 78 anos, de canivete na mão esculpindo um cocho de cortiça.

Nasceu no monte da Farinha Velha, para os lados de Arraiolos. Veio para a Malarranha para conquistar a sua senhora e nunca mais daqui saiu. Durante toda a vida foi porqueiro e pastor.

Começou a esculpir cortiça e madeira como passatempo. Usa como único instrumento uma navalha afiada.