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– Passou agora o carteiro! Trouxe o jornal deste mês.

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Folheia-se uma primeira vez. Lê-se as letras maiores, uma ou outra notícia de maior interesse, sabe-se o lugar que ocupa o clube da terra na classificação e ainda se dá atenção àqueles que vão partindo… O resto do jornal vai-se lendo, com mais atenção, durante o mês. Passa de mão em mão e às vezes ainda se empresta a um amigo. Para os que estão emigrados, não é apenas um jornal que lá chega é um pouco de casa. E se demora mais uns dias a chegar, liga-se ao vizinho português para confirmar se foi o único que ainda não recebeu. O jornal regional é isto, é proximidade.

Tudo o que está escrito ,com mais ou menos interesse, é sobre a terra. Não faz alusão a mais nenhum local senão àquele que mais gostamos. Conhecemos quem escreve, quem é entrevistado, quem está envolvido no assunto noticiado e, ainda, as pessoas e os lugares que aparecem nas fotografias.

São nestas páginas que se vão contando as histórias de um concelho, que ficam arquivadas para memória futura. Está ali a política. Os eventos sociais. O desporto. As construções, demolições e remodelações. Os pintores, escritores e escultores. O empreendedorismo. As opiniões e posições. O investimento. A cultura e a arte .As associações. Tantas e tantas coisas…

É esta a grandeza e a importância de um jornal regional que tantas vezes se batalha coma pouca capacidade económica para se sustentar, que se debate com a era digital a que toda a gente dá mais importância e que muitas vezes é desvalorizado por não trazer as novidades primeiro… Estas páginas são, em grande parte, trabalhadas por perseverança, por “amor à camisola” de quem não quer, de forma alguma, deixá-las cair por terra.

O jornal pertence a cada pessoa que o folheia e, da mesma forma, cada um é responsável pela história que ali é escrita. Todos podemos cooperar, de diferentes formas, para a evolução, adaptação e crescimento do jornal regional.

Por Inês Quaresma

 

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