Atualidade

MARTA DUARTE D’ALMEIDA “A qualidade humana que habita o Alentejo inspira-me…”

Publicado

em

Sonhos

  1. Entre o sonho de menina e o sonho de mulher, qual foi o percurso?

Os tempos de “sonho de menina”, são os tempos em que ia para a rua brincar com os meus irmãos mais velhos, a Maria e o ZeZé, e também com os meus vizinhos primos, o  Ráfa, o Tó,… Brincávamos às escondidas, ao macaquinho do chinês, aos polícias e aos ladrões, isto entre umas “boladas no portão” e umas corridas de bicicleta até ao Pinhal. Era no aproximar da hora de ir para casa, “hora da janta”, que olhava para a imensidão do céu e imaginava que dali a alguns anos seria “professora de ginástica e jogadora da bola”. Chegada a casa, ainda na euforia da brincadeira, mesmo à boca da cozinha, passava à bola ao meu pai e ele entusiasmado mostrava-me uns truques que fazia no tempo dele e no meu jeito alegre, perguntava à minha mãe, “quando tiver a tua idade, achas que posso dar concertos a dar toques na bola e a cantar ao mesmo tempo?”.

No fundo, o “sonho de mulher” já fazia parte dos “sonhos de menina”, e vice-versa, eu é que não sabia!

  1. Respirar o ar alentejano formatou inegavelmente a sua personalidade e também as suas escolhas profissionais?

Ser alentejana é mais que motivo de ser artista. As planícies descansam-me o olhar. A qualidade humana que habita o Alentejo inspira-me e a sensação de inércia, vazio e de um pouco de solidão dão espaço! O ar alentejano faz definitivamente bem à saúde!

  1. O que faz hoje e sonha para amanhã?

A esta pergunta respondo com uma letra de uma música minha,

“(…)Só que ninguém mais depressa anda,
do que as pernas que tem.
O caminho faz-se andando,
mesmo quando tu sabes bem!
As linhas da terra, as contas da mão,
solucionar uma guerra,
viver na condição
de espantar sem entender,
de rir como uma criança,
por amor enlouquecer
e aceitar o mundo que balança…
gira, pára, volta, vira-volta e siga a dança(…)”.

Clique para comentar

Trending

Exit mobile version